Após mais de três décadas expandindo seus negócios por meio de filiais próprias, a Embracon adotou, para os próximos anos, uma estratégia pouco convencional para os padrões do setor de consórcios. É baseada em um braço de franquias, que funcionou como um projeto piloto em 2023 e, a partir deste ano, deve se firmar como principal alavanca de crescimento da empresa.
O movimento marca o encontro de dois negócios graúdos. No ano passado, o sistema de consórcios bateu recorde e movimentou mais de R$ 316 bilhões, com crescimento de 25,6%, de acordo com a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), principal entidade do setor. Já o segmento de franquias faturou R$ 241 bilhões, com expansão de 14% em relação a 2022, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
No ano passado, a Embracon registrou faturamento de R$ 12,3 bilhões, ante R$ 7,8 bilhões em 2022. Agora em 2024, a meta é atingir R$ 16 bilhões.
“Somos a única administradora de consórcios que trabalha de fato com franquias”, afirma Luis Toscano, vice-presidente de negócios da companhia. Até agora, contando com o que foi executado na fase piloto da estratégia, a Embracon tem dez franquias inauguradas e projeta a abertura de outras 40 até o fim deste ano.
“No momento, a nossa é estratégia é alcançar, em cinco anos, o número de filiais que levamos 35 para atingir”, diz Toscano.
A Embracon conta com 100 filiais próprias atualmente, e deve abrir outras quatro este ano (em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia). A partir daí, a ideia é estabilizar esse número e priorizar a expansão via franquias. “Mas sempre vamos aproveitar oportunidades. Se identificarmos uma região com potencial e lá não houver franqueados, podemos decidir por abrir uma franquia”, explica o executivo. A expansão de filiais já existentes também faz parte da estratégia.